Protestos vem tomando conta do Líbano e da Nigéria. O motivo? As moedas de ambos os países estão bastante desvalorizadas, impactando o poder de compra dos cidadãos. Além disso, os cidadãos são impedidos pelo governo de sacarem o próprio dinheiro.
Ataques aos bancos no Líbano
Na última quinta-feira (16), vários protestos haviam estourado no Líbano em reação à desvalorização da moeda local em relação ao dólar americano. A medida de desvalorização da moeda local foi feita pelo governo como parte do acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional ) para receber um empréstimo de US$ 3 bilhões.
Com tal decisão, cada dólar passará a valer 15 mil libras libanesas. A medida é uma tentativa do governo de se recuperar da crise financeira em que o país entrou devido aos gastos governamentais das últimas décadas e que chegou ao seu ápice em 2019.
Diante disto, vários bancos entraram em greve desde janeiro deste ano, exigindo que o governo imponha regulações fortes no setor bancário para lidar principalmente com os bancos considerados problemáticos. Devido à greve, os cidadãos libaneses ficaram impossibilitados de sacar dinheiro, o que levou a uma série de protestos no Líbano, incluindo incêndio de agências bancárias.
Houveram invasões e saques a bancos em Beiruti, Trípoli e no Vale do Bekaa.
Em janeiro, Edward Snowden havia publicado um tweet onde afirmava que “O Bitcoin resolveria isso”.
*whispers* bitcoin fixes this pic.twitter.com/wSxQgMnM9m
— Edward Snowden (@Snowden) January 31, 2023
De fato, Snowden está certo: se a população libanesa pudesse recorrer ao Bitcoin, não estaria a mercê nem dos bancos nem do governo. E esse era o objetivo de Satoshi Nakamoto ao desenvolver o Bitcoin: trazer autonomia aos indivíduos sobre seu próprio dinheiro.
Escassez de dinheiro na Nigéria
Assim como o Líbano, a Nigéria também está enfrentando uma crise em relação ao dinheiro. Nesta caso, está havendo uma escassez de moeda, já que as cédulas da moeda local foram redesenhadas, tornando as cédulas antigas inúteis. Tal medida levou os cidadãos a inundar bancos e caixas eletrônicos para trocar suas notas antigas por novas.
O governo porém impôs um limite semanal de saque em dinheiro de 500.000 nairas para indivíduos (cerca de US$ 1.087) e 5.000.000 nairas (cerca de US$ 10.087) para organizações. A medida passou a valer em 9 de janeiro do corrente ano.
Para piorar a situação, as transações e taxas de ponto de venda (POS), de acordo com um relatório do The Guardian, dispararam. Os nigerianos são forçados a pagar de 2.000 a 3.000 nairas (US$ 4,3 a US$ 6,5) para cada saque de 10.000 nairas (US$ 22) via POS.
Tal situação levou a uma série de protestos no país, onde vários cidadãos ficaram feridos em confronto com a polícia.
Em uma publicação no site Crypto Potato, a autora Mandy Williams fez a correta observação de como o Bitcoin resolveria toda a situação. Com ele, a população recuperaria a autonomia sobre seu próprio dinheiro. Além disso, os nigerianos deixariam de ser reféns da inflação, que já chegou a mais de 21%.
Bitcoin como a solução
Como corretamente afirmaram Mandy Williams e Edward Snowden, o Bitcoin é a verdadeira solução para a situação dos libaneses e nigerianos. Os acontecimentos no Líbano e na Nigéria são um exemplo das consequências do estado ter monopólio sobre a moeda.
E foi justamente para evitar esse tipo de coisa e devolver aos indivíduos a soberania sobre seu próprio dinheiro e sua liberdade financeira que o BItcoin foi criado.