O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (7) que o passaporte da vacina, adotado por outros países, é uma coleira – nisso ele está correto.
O passaporte é amplamente defendido ao redor do mundo e tem apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Bolsonaro afirmou que a agência estava sugerindo “fechar o espaço aéreo” do Brasil.
A Anvisa recomendou que o Brasil adote medidas mais rigorosas no acesso de viajantes ao país, em uma tentativa de evitar o aumento dos casos de Covid-19 e a variante ômicron.
E a gente pergunta: quem toma vacina pode contrair o vírus? Pode e contrai. Pode transmitir? Sim e transmite. Pode morrer? Sim, pode, como tem morrido muita gente, infelizmente. A gente pergunta: por que o passaporte vacinal? Por que essa coleira que querem colocar no povo brasileiro? Cadê a nossa liberdade? Eu prefiro morrer do que perder a minha liberdade
disse Bolsonaro.
Durante o evento, o presidente voltou a colocar em dúvida a eficácia das vacinas, mas disse que não é contra os imunizantes. No discurso no Palácio do Planalto, Bolsonaro falou sobre “uma briga enorme” em relação ao passaporte da vacina.
Até o momento, a decisão sobre o passaporte da vacina foi anunciada pelo ministro Marcelo Queiroga (Saúde) no Planalto, afirmando que o governo não exigirá passaporte de vacina de viajantes, mas sim um teste negativo do tipo RT-PCR, realizado até 72 horas antes, e quarentena de cinco dias para os não vacinados.