A massiva impressão de dinheiro como resposta à pandemia de COVID, bem como o conflito Rússia-Ucrânia no Leste Europeu, ainda geram impactos significativos na economia do continente. A Gazeta já havia reportado os efeitos nocivos da alta inflacionária. Uma pesquisa recente reforça o quadro. Um total de 10.000 europeus foi questionado em 10 países pesquisados, incluindo França, Alemanha, Itália e Portugal. A pesquisa foi realizada online entre 7 e 27 de junho deste ano.

Dos 10.000 entrevistados pela Ipsos, 29% afirmaram que sua situação financeira era “precária” e que qualquer despesa inesperada geraria um desequilíbrio. A alta da inflação em quase todos os setores forçou “escolhas complicadas”, que incluem pular uma refeição apesar de estar com fome, com quase um terço dos respondentes relatando a prática, particularmente na Grécia e Moldávia. 62% já tiveram que restringir suas viagens e 46% não ligaram o aquecimento em casa mesmo quando estavam com frio. Outras ações incluem pedir dinheiro emprestado para amigos e parentes e não tratar um problema de saúde.

Dos respondentes, 38% dizem que não conseguem mais fazer três refeições por dia regularmente. 31% dos pais pesquisados disseram que já deixaram de comer o suficiente para poder alimentar seus filhos.

Uma pesquisa realizada pela Joseph Rowntree Foundation em junho constatou que 5,7 milhões de famílias de baixa renda no Reino Unido não tinham dinheiro suficiente para comprar comida.

Embora o aumento da inflação tenha começado a estagnar, o preço dos alimentos e ingredientes permanece elevado, o que explica a diminuição da capacidade de compra. Os números da inflação na Europa triplicaram em 2022, marcando a maior taxa de crescimento de todos os tempos.

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